terça-feira, 29 de setembro de 2009

De 8 para 80

"O que é bom dura pouco"



Têm razão, enquanto o meu coração estava de luto, o tempo parecia que teimava em passar devagar.O meu coração demorou muito tempo a curar-se, estive demasiado tempo a sofrer. Agora que o meu coração já não tem um código de vestuário tão restrito, o tempo parece que passa demasiado depressa.O meu coração já não têm aquela agradável sensação de conforto, de cura.



Apercebi-me quando me ia deitar,quando deu-me uma repentina vontade de ir ver álbuns de fotografias...reparei que o meu falso sorriso durou muito tempo, e que o meu verdadeiro sorriso não ia durar tempo suficiente para eu o fotografar.


E o pior de tudo é que o coração segue a

regra do tempo.

Guardada

Remédio para a tosse é a melhor comparação que encontro para mim. Só me "tomam" quando precisam. Quando algo se passa, quando precisam de alguém, quando não têm outra pessoa para cuidar deles enquanto estão "doentes". Quando a constipação está quase a passar ainda precisam do remédio, mas não tanto por isso começam a afastar-se, começam a tomá-lo de 8 em 8 horas, quando se sentem mais fraquinhos, vulneráveis.






E quando finalmente a constipação passa, já não o tomam, guardam-no no armário dos medicamentos, para quando precisarem outra vez.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Lá vou eu...

Sentei-me, ouvi os meus pensamentos, falei comigo...Sem dar conta estava de volta. Quando estava sozinha já não me enchia de pensamentos melancólicos, já não achava que tudo o que estava á minha volta me queria magoar. De repente, os meus pensamentos voltaram aos normais dramas adolescentes, e nunca fiquei tão feliz por isso!


Ao apercerber-me que finalmente acabara, sorri...como não sorria há muito tempo. Sorri de verdade. Não fiz um daqueles sorrisos que fazem doer a cara, fiz um sorriso que me saiu
naturalmente e me fez sentir bem.





Adoro esta sensação!
Era capaz de sofrer tudo outra vez para voltar a sentir esta felicidade!
Talvez não tivesse era de sofrer por tanto tempo...:)







domingo, 27 de setembro de 2009

Sem titulo

Esqueço me de quem fui, porque sei que se for comparar com quem era estou pior.
Esqueço-me de quem sou, porque tenho medo de não gostar de mim.
Esqueço-me de quem quero ser , porque sei que nunca o vou conseguir.
Esqueço-me de usar palavras para comunicar, por estas me fazem sofrer.
Esqueço-me de sorrir, porque sei que assim vai ser mais complicado de chorar.


"Esqueço-me" não, é melhor "Não quero"

Não quero pensar no passado!
Não quero ser quem sou!
Não quero sonhar com o futuro!
Não quero falar!
Não quero mostrar o que sinto!


"Tens tudo o que queres..."
Então quero ser outra pessoa...

Procura

Procurei...procurei um lugar onde pudesse ser eu, procurei um local isolado o suficiente para gritar o mais alto que conseguisse. Procurei um lugar onde fosse obrigada a não pensar em tristezas, desilusões. Procurei um lugar onde as pessoas não se importassem se eu vinha com o cabelo despenteado, ou se vinham com um vestido de gala. Procurei tanto o meu local perfeito, procurei aquele meu desejo de um mundo á minha maneira.


Não o encontrei, apenas me enterrei mais numa areia de grãos de desilusão e de tristeza.

sábado, 26 de setembro de 2009

DE VEZ (continuação)

Enquanto chorava, encostada á parede, a tentar estancar a hemorragia que me matava aos poucos, vi uma fotografia -estava na minha cómoda, estavamos lá eu e tu juntos com amigos a sorrir. Senti-me bem, como se a dor tivesse diminuido, mas não por muito tempo, rapidamente voltei a sangrar e a implorar para que alguem acabasse com o meu sofrimento. Naquela noite não morri,não inteiramente, morreu aquela parte que te tentava entender, que te tentava perdoar. Agora espero que nao olhes para mim, não me fales, mas que me mates com um olhar e com uma palavra.

Não quero que me fales, quero que te proibas de falar comigo

DE VEZ

Olhei-me ao espelho...não me reconheci. Esfreguei os olhos mas nada. Vi a mesma figura com olhos de choro, com feridas no peito, agarrada á barriga como se tivesse sido esfaqueada. O meu corpo desligou-se fiquei sem palavras...aquela figura era eu: e nunca me vira em estado mais miseravel. Sabia que não estava assim, tinha acabado de sair do banho e não tinha uma unica ferida, mas era o meu corpo com todos os detalhes! Sentei-me, agarrei-me aos joelhos e tentei convercer-me que não estava assim, mas não resultou...senti-me cada vez mais perdida dentro de mim, e começei a sentir dor no local das minhas feridas imaginarias, começei a chorar... E não conseguia conter mais os gritos dentro de mim...

A dor foi aumentando, as lágrimas não paravam, o meu corpo perdia a força e os meus gritos soavam cada vez mais a sofrimento O meu reflexo mostrava como eu estava, não fisicamente mas emocionalmente, e ao vê-lo quase que morri. Senti que todo o esforço que tinta tentado fazer para te esquecer tinha sido em vão...



O que me fizeste? Não podias ter-me morto de uma vez? Querias ver-me morrer aos poucos? Conseguiste!

ESPERO QUE TENHA ACABADO

Aproximou-se, pediu-me uma oportunidade...O meu coração parou. Sabia que com ele podia contar para sempre, que se viesse uma bala na minha direcção ele levaria o tiro em vez de mim, ele ajudou-me tanto que todas as palavras do mundo não seriam capazes de expressar o quanto lhe agradeço. Mas não acho que seja amor, não acho que o meu mundo pare quando o vejo, não acho que vá curar as feridas que tu me causaste...Não acho que vá guardar os momentos que passei com ele como guardo os que passei contigo. No entanto, ele sabe como eu me sinto, e mesmo assim pediu-me : "Não te magoo, juro" prometeu-me.





Será que devo? Será que devo tentar reconstruir o meu coração?





A verdade é que o adoro...o suficiente é que não sei. Sei que o sinto não se compara a uma sombra do que sei que posso sentir...mas eu preciso dele. Não passo um dia sem falar com ele.Não aguento passar um dia se falar com ele...




Sombra...terás uma oportunidade. Assim se me magoares morro de vez.

Responde

O meu coração precisa de outra pessoa, precisa de alguém que o alimente. Não pode viver mais de lembranças mas antes de encerrar este capítulo. Antes de voltar a alimentar o meu coração preciso de respostas:




  1. Alguma vez foste sincero?

  2. Como é que foste rejeitado, enquanto supostamente estavas "comigo"?

  3. Porquê que consegues sempre tudo o que queres?

  4. Porque raio é que eu me apaixonei por ti?

Dava tudo



Odeio dormir. Enquanto durmo não posso controlar o que sonho. Inevitavelmente sonho contigo. Ou melhor sonho com a estúpida que fui para ti.Não consigo parar de me culpar. E se tivesse dito logo o que sentia? E se não tivesse fingido que era diferente? Estaríamos juntos?


Só tenho resposta á ultima...NÃO! És demasiado criança para ficares comigo tanto tempo com alguém e provavelmente nem sequer tinhamos durado uma semana sem aparecer uma terceira, quarta, quinta ou sexta pessoa. De certa maneira esta ideia faz-me sentir bem...A culpa não foi toda minha. Eu não me suicidei, foi mais um suicidio assistido por ti...


Ah! O quanto eu adorava ter a coragem para te ler tudo o que escrevi! O quanto adorava ver a tua cara de anjo, tão perfeita enquanto eu estivesse a ler!

Viver?

Viver, poucas pessoas sabem o que significa. Comer, respirar, dormir, andar, não é viver é sobreviver. Eu própria só u souber depois de morrer, depois de me esquecer do som de um coração a bater de entusiasmo, de felicidade ou de amor.

Agora sei que o que faço é sobreviver, sobrevivo cada dia, com esforço mas sobrevivo. No entanto é como se estivesse em coma, não oiço -nem quero ouvir. Não sonho - e tenho medo de o fazer, estou numa espécie de coma acordado



Sou estúpida ao ponto de só sobreviver, devido ao facto da pessoa que me matou estar feliz, devido a ainda poder pensar nos momentos que eu posso qualificar como os que me marcaram mais de toda minha inútil e insignificante existência.

Fraca!

Quero odiar-te, quero acreditar que te quero ver morto e que fui eu que te matei. Mas não consigo: pensamentos que pensavam que se tinham extinto com o tempo voltaram á superficie. Quero pensar que um dia vou conseguir estar contigo, ou pelo menos quero acreditar que quero. Quero que ver a tua bandeira branca, quero que o muro que nos separa se parta, quero que consigamos ser o que éramos antes disto tudo. Acima de tudo, quero que nos voltemos a rir, que voltes a confiar em mim, que me consideres uma amiga e não que me vejas como uma colega. Quero que me perdoes por ter sido tão egoísta que me esqueci que não era a única com sentimentos, as vezes em que te empurrei, as vezes em que te ignorei, as vezes que fingi que me eras indiferente…não eras e não queria que te afastasses mais.

Agora o máximo que posso fazer é ver se estás bem e feliz, para eu poder ser feliz também.

Trocas






Como é que foste capaz? Mentiste-me, enganaste-me e deixaste-me sofrer. Tudo o que disseste foi destruido num estupido telefonema que me obriguei a fazer por pensar que se não o fizesse ia estragar tudo, mas não ,tu fizeste isso por mim. Depois de tudo trocaste-me, dei-me e tentei mudar quem eu era por ti, mas não foi suficiente. Esperei, durante demasiado tempo por ti, e no dia mais importante da minha vida acabaste com a pouca esperança que tinha. Porquê? Como é que não percebeste que tudo o que eu queria era que tivesses acabado com tudo mais cedo, mas não fizeste questão de tirar pedaços de mim até pouco sobrar, e fizeste-o na pior altura.

Será que és cego? Agora que não nos falamos, sem ser as parvas cortesias socias sociais do "Bom dia" e "Olá", o silêncio tomou conta de nós. E não percebes que eu só quero que estejas bem, que te apercebas que não te vou tentar matar ou vingar-me do que me fizeste, porque a tua felicidade importa-me mais que a minha. Porque quer queira ou não, tu fazes parte de mim e sempre vais, eu estou para sempre presa a ti, mesmo que isso me faça sofrer cada momento que vivo.

Trocaste-me? Ainda bem...agora sê adulto e não finjas que está tudo bem

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Perfeição




Amor, ora aí está uma palavra que não compreendi, ou que me recusava a compreender, pelo menos até o conhecer. Tudo nele fora inspirado na perfeição, adorava-o, adorava cada minuto que passava com ele, adorava cada palavra que dizia, cada movimento. Mas não era capaz de o admitir, sentia que se o fizesse ia ser pior se o perdesse, mas não valeu de nada. Deixei-o afastar-se mesmo quando precisava dele, e quando o queria perto de mim e só de mim, ele não podia ou simplesmente não queria. Aqueles momentos que eu gosto de chamar perfeitos tinham deixado de existir...Agora, nao lhe consigo falar, há como que uma parede entre nós e não existem, actos ou palavras que alguma vez a puderão quebrar.


Mas a verdade é que mesmo que já saiba que não é meu e que nunca voltará a ser, continuo a relembrar com carinho cada momento que estive com ele.



terça-feira, 15 de setembro de 2009

Medo,fuga e fim


Já tentei fugir de muito mas não valeu a pena apenas me deixei pior. Não conseguia ouvir ou entender o que os outros me diziam apenas ouvia e ficava com os meus pensamentos onde ninguem mais entra e onde está tudo a que eu chamo meu. Mas a fugir do que tinha medo perdi esses momentos em que estava sozinha comigo e não queria saber do mais pequeno pormenor que me rodeasse, perdi aquela vontade de ver o amanhã sem me preocupar com aquele ponto menos bom do dia onde os medos se mostram á luz do Sol. Gritei e voltei a fugir quando me apercebi do que tinha feito, onde é que isto me vai levar se cada vez que decido não fugir algo me faz desejar mais essa fuga do que alguma vez a desejei?
Isto porque não acho justo as pessoas condenarem o acto que fugir é, eu melhor que ninguem sei o que é , fujo para sobreviver aos mais pequenos momentos, fujo para que não notem que estou a fugir, fujo quando simplesmente me aptecesse relembrar aqueles momentos em que eu não fugia do mais pequeno sinal de sofrimento que via no meu futuro que por agora me parece resumir-se a mim a fugir de tudo e de todos.